O Ministério do Ambiente e da Ação Climática, em articulação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, vai realizar uma participação junto do Ministério Público sobre os acontecimentos que ocorreram no concelho da Azambuja. "Foram recolhidos fortes indícios de prática de crime contra a preservação da fauna" desde o início da investigação, logo o ICNF (ICNF) "irá proceder à suspensão imediata da licença da Zona de Caça Turística de Torrebela (nº 2491-ICNF)", pode ler-se na nota enviada às redações.
O ministro Matos Fernandes irá ainda convocar o Conselho Nacional da Caça para se realizar uma reflexão sobre a prática de montarias em Portugal. "É entendimento do Ministério que são necessárias alterações à lei para impedir que os vis acontecimentos relatados se repitam", finaliza o comunicado.
Morreram 540 animais numa montaria na Quinta de Torre Bela, na Azambuja, no domingo. Estiveram envolvidos na caça 16 caçadores, que mataram na sua maioria veados e javalis. “Conseguimos de novo! 540 animais com 16 caçadores em Portugal, um recorde numa super montaria”, congratularam os autores nas redes sociais.
Depois de o ICNF ter dito que não tinha tido conhecimento prévio sobre a situação, também a Câmara da Azambuja já veio a público dizer não ter recebido “qualquer informação oficial relativamente à montaria ocorrida na Quinta da Torre Bela”, a não ser pelas redes sociais.
A autarquia referiu ainda que para ali se caçar a autorização deve ser dada pelo ICNF e não pela Câmara. “O Município de Azambuja já avançou com uma comunicação para o ICNF e para o Ministério da Agricultura a solicitar toda a informação sobre o ocorrido, para que estas entidades verifiquem a legalidade desta ação, assim como, a quantidade de animais abatidos e qual o destino dos mesmos”, diz a nota.