O líder do CDS-PP acusou o primeiro-ministro de se ter tornado "politicamente cúmplice" quando manifestou "total confiança política" na ministra da Justiça após a polémica em torno do procurador europeu José Guerra.
Francisco Rodrigues dos Santos considera, numa nota divulgada esta terça-feira, que Costa se torna “politicamente cúmplice do que aconteceu e a mancha na honorabilidade de Portugal passa a ter também a sua assinatura”.
"O primeiro-ministro é o nadador-salvador que se atira ao pântano para salvar ministros que perderam a legitimidade para ocupar o seu lugar. Só que do pântano, ninguém sai limpo, incluindo o primeiro-ministro e o Governo", considera o presidente do CDS, referindo ainda que "hoje soube-se que os valores dos critérios utilizados pelo Conselho Superior do Ministério Público para selecionar as candidaturas para o cargo de procurador europeu só foram fixados após se saber quem eram os candidatos".
“Já sabíamos que: o Ministério da Justiça preteriu a magistrada vencedora em favor de um amigo, na carta que enviou a Bruxelas mentiu sobre o currículo do seu favorito, a ministra afirmou que não tinha conhecimento das informações falsas e foi desmentida pelo demissionário diretor-geral [de Política de Justiça], que deixou claro que o teor da carta era do conhecimento do gabinete da ministra", afirma Francisco Rodrigues dos Santos, que destaca "a gravidade dos factos".
De realçar que o líder do CDS-PP já tinha defendido a demissão da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem. Em causa está um envio de dados errados no currículo de José Guerra para Bruxelas para o cargo de procurador europeu que já fez correr muita tinta e provocou uma demissão, a do diretor-geral de política de justiça.
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