O preço médio para arrendamento de imóveis desceu 13,5% no final de 2020, depois da quebra de 20,9% no período de desconfinamento, na comparação com igual período de 2019, revela o barómetro anual do Imovirtual.
Segundo o portal imobiliário, o mercado em 2020 – e tendo em conta os anúncios publicados no Imovirtual – refletiu quatro momentos distintos registados ao longo do ano: início (janeiro a março), confinamento (março a abril), pós-confinamento (maio a junho) e final do ano (novembro a dezembro).
O mercado de arrendamento de apartamentos e moradias assistiu a uma diminuição de -9,6% do preço médio, que passou dos 1317 euros em 2019 para 1191 euros em 2020. Com o aparecimento da pandemia e durante o período de confinamento, observou-se um decréscimo de -13,3%.
No pós-confinamento a quebra foi mais acentuada (-20,9% quando comparado com o mesmo período no ano anterior), passando os preços dos 1355 para 1072 euros. O ano terminou com uma quebra de -13,5%, com os preços a passarem dos 1198 euros em 2019 para 1036 euros em 2020.
Por localidade, Faro e a Região Autónoma da Madeira, assim como Lisboa e Porto, ficaram no top dos distritos mais caros para arrendar um imóvel. Ainda assim, em todas estas regiões, quando comparadas com o ano de 2019, assistimos a um decréscimo constante do preço nos quatro períodos.
O ano terminou com o Porto (-19,2% para os 904 euros), Castelo Branco (-14,9% para os 407 euros) e Lisboa (-13,9% para os 1319 euros) a serem os distritos onde se registou a maior quebra no preço médio de arrendamento. Já os distritos de Beja (+66,6% para os 748 euros), Guarda (+34% para os 402 euros) e Portalegre (+25,5% para os 389 euros) tiveram os maiores aumentos.
Vendas crescem 1,6% No que diz respeito à venda de apartamentos e moradias, no período pré-covid verificou-se um aumento do preço médio de 8%, (passou de 318 951 euros em 2019 para 344 417 euros em 2020). Já durante o confinamento, e contra as expetativas, observou-se um aumento de 11,3%, (para os 352 339 mil euros), sendo o maior aumento comparativamente ao período homólogo.
Na fase de desconfinamento, o aumento foi de 7,2% quando comparado com o mesmo período de 2019. Por fim, o ano terminou com uma subida de 1,6% (dos 342 783 euros para 348 223 euros).
Analisando geograficamente, o ano terminou com Lisboa, Faro, Região Autónoma da Madeira e Porto no top dos distritos mais caros para comprar um imóvel. Em todas estas regiões, quando comparadas com o ano de 2019, assistimos a um aumento constante do preço nos quatro períodos. Lisboa terminou o ano com um preço médio de 557 595 euros, Faro situou-se nos 453 378 euros, a Região Autónoma da Madeira nos 331 472 euros e o Porto nos 311 443 euros.