O país regressa ao confinamento ainda esta semana. Segundo avançou este domingo o Público, o confinamento poderá entrar em vigor esta quinta-feira, depois do conselho de ministros na quarta-feira. Na terça-feira terá lugar a reunião no Infarmed, que junta vários especialistas e para a qual foi remetida uma clarificação da situação.
Segundo i apurou, além do ponto de situação epidemiológico, será feita uma apresentação sobre o risco de transmissão nas escolas.
O primeiro-ministro afastou o encerramento das escolas, sendo esta aliás uma das diferenças nos planos do Governo face ao que aconteceu em março. Ainda assim, a questão continua a ser discutida e até ao conselho de ministros, fruto também da rápida evolução da situação epidemiológica, tudo está em aberto.
Este sábado a ministra Mariana Vieira da Silva confirmou o confinamento mas disse também as medidas em concreto estavam ainda em aberto apesar de se estar a trabalhar em regras aparecidas com as de março. “Faremos um confinamento muito próximo do que existiu em março e abril, garantindo que não fecharemos nada que não tenha sido fechado, como a agricultura, a indústria, e a distribuição continuará a funcionar, de modo a garantir também que nada do que são os bens essenciais faltem”, disse a ministra de Estado e da Presidência.
Nas audições com os partidos, o Governo apontou para um período mínimo de 15 dias de confinamento. No primeiro estado de emergência, decretado a 18 de março, o confinamento durou um mês e meio. O país começou a desconfinar a 4 de maio. Mantiveram-se no entanto várias restrições até ao início de junho. E depois disso continuaram medidas mais apertadas em 19 freguesias da área metropolitana de Lisboa, que continuavam com números elevados de casos. Uma situação ainda assim de muito menor incidência de covid-19 do que a que o país regista atualmente. A 4 de maio, registava-se uma incidência de 45 casos por 100 mil habitantes. Fazem-se agora muitos mais testes, mas aumentou a percentagem de positivos e o país passa agora pela primeira vez a barreira dos 800 casos por 100 mil habitantes.