Os efeitos da pandemia de covid-19 ainda se fazem sentir e nos aeroportos não é exceção: o movimento de passageiros nos aeroportos nacionais derrapou em novembro do ano passado. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira, passaram pelos aeroportos nacionais 715 mil passageiros, o que representa uma quebra de 82,1% face a igual período do ano anterior.
Segundo o gabinete de estatística, no mesmo mês, aterraram nos aeroportos nacionais 6,1 mil aeronaves em voos comerciais, o que representa uma quebra homóloga de 61,4%, superior ainda à registada em outubro e em setembro.
Já o movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais totalizou 14,2 mil toneladas, correspondendo a uma diminuição de 27,2%.
“Analisando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente entre janeiro e novembro de 2020, e comparando com o período homólogo, é visível o impacto da pandemia covid-19 e das medidas adotadas ao nível do espaço aéreo a partir do início da segunda quinzena do mês de março”, explica o gabinete de estatística.
O INE acrescenta ainda que “apesar da recuperação verificada nos meses de julho e agosto, a partir de setembro verificou-se uma inversão da tendência e em novembro registou-se um novo agravamento no número de passageiros desembarcados, registando-se reduções diárias superiores a 70%”.
Assim, entre janeiro e novembro do ano passado, aterraram nos aeroportos nacionais 93,4 mil aeronaves em voos comerciais (-55,9% face ao mesmo período homólogo) e foram movimentados 17,4 milhões de passageiros (-69,0%).
O aeroporto de Lisboa movimentou 50,3% do total de passageiros (8,7 milhões) e registou um decréscimo de 69,8%. “Considerando os três aeroportos com maior tráfego de passageiros, o aeroporto do Faro evidenciou o maior decréscimo do número de passageiros movimentados entre janeiro e novembro de 2020 (-75,4%)”, lê-se na nota.