Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, entrará na campanha de Ana Gomes no seu último dia, nas conversas online que a candidata mantém todos os dias. É neste espaço que normalmente têm surgido alguns socialistas, ainda que menos destacados – exceção feita, por exemplo, para Manuel Alegre e João Cravinho. O anúncio da participação do destacado governante socialista surgiu no dia em que foi conhecido o apoio de 22 socialistas a Marcelo Rebelo de Sousa. Nessa lista constam nomes como o de Fernando Medina, autarca de Lisboa, e os ex-ministros José Vieira da Silva e Correia de Campos, mas também o eurodeputado socialista (e ex-ministro) Pedro Marques.
Apesar deste apoio a Marcelo, Ana Gomes respondeu ontem aos jornalistas que “votar no candidato da direita não é digno do partido de Mário Soares”. Mais, o atual chefe do Estado vai trabalhar para que a direita regresse ao poder, liderada por Pedro Passos Coelho. A dramatização faz parte da campanha, sobretudo nos últimos dias.
Por isso, também André Ventura, o candidato presidencial apoiado pelo Chega, fez um discurso de dramatização, falou do voto do bem e do mal. E na véspera tinha acusado o Bloco de Esquerda de estar por detrás de uma manifestação de protesto à sua candidatura – facto que o BE desmentiu, mas há uma queixa na Comissão Nacional de Eleições.
Marisa Matias, a candidata apoiada pelo BE, considerou o caso como “parvoíces”. Já João Ferreira, candidato apoiado pelo PCP e pelo PEV, esteve no distrito de Aveiro a puxar pelo papel da ferrovia. Por sua vez, Tiago Mayan Gonçalves, apoiado pela Iniciativa Liberal, falou de uma “absoluta incapacidade de comunicação por parte do Governo” no ataque à pandemia e Vitorino Silva optou por falar com jovens só por videoconferência e lançar o apelo ao voto.
Entretanto, o CDS pede testagem (com testes rápidos) a todos os elementos que vão estar nas assembleias de voto no dia 24.