O ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, foi um dos oradores do último comício online que a candidata à Presidência Ana Gomes promoveu diariamente, ao longo da sua campanha, nas suas redes sociais.
Pedro Nuno Santos defendeu que nas eleições presidenciais não se elege “apenas um indivíduo, mas um ideário, uma determinada visão do mundo”.
“Ana, obrigado por não deixares os socialistas sozinhos nesta campanha”, agradeceu Pedro Nuno Santos, que aproveitou para criticar os órgãos do partido a posição do Partido Socialista de não dar indicação de voto nas presidenciais deste domingo.
O antigo líder da Juventude Socialista enalteceu a personalidade “autêntica” da antiga eurodeputada e a bravura de “enfrentar os de cima”, lamentando que existam cada vez mais “políticos construídos".
“A Ana Gomes não é, na minha opinião, a candidata mais institucionalista e ainda bem: há uma coisa de que precisamos cada vez mais na política, a autenticidade. Quem é autêntico não está obcecado em que tudo o que diga não seja alvo de críticas e não tem a tática permanentemente na cabeça antes de falar”, elogiou.
O ministro das Infraestruturas e Habitação ainda mencionou a sua visão sobre o Serviço Nacional de Saúde durante a pandemia para frisar a diferença de pensamento entre esquerda e direita.
“Quando o Governo, num momento difícil, inicia uma negociação com grupos privados da saúde, à Ana Gomes Presidente da República nunca lhe ocorreria reunir com os grupos privados”, disse, de modo a criticar Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve em várias audiências em Belém com os administradores deste setor.
“É nestes momentos que as pessoas se definem e expressam a sua visão do mundo e da sociedade”, salientou Pedro Nuno Santos.