O mensageiro liberal

Tiago Mayan Gonçalves entrou na corrida presidencial para divulgar a mensagem dos liberais. ‘O objetivo foi alcançado’.

Poucos portugueses conheciam Tiago Mayan Gonçalves no início da campanha eleitoral, mas o advogado do Porto conseguiu, principalmente através dos debates, superar essa limitação e criar simpatia em alguns setores de direita, mesmo entre alguns apoiantes de Marcelo Rebelo de Sousa.

A pretensão era aproveitar a campanha para divulgar a mensagem da Iniciativa Liberal  e fonte do partido garante que «esse objetivo» foi «claramente» alcançado. «O que pretendemos é colocar o liberalismo na agenda e mostrar que existe uma agenda alternativa para um país estagnado há décadas».

A campanha do candidato dos liberais foi feita com críticas a Marcelo, mas também ao Governo socialista. Mayan não perdeu nenhuma oportunidade para acusar o atual Presidente da República de se ter comportado como «o ministro da propaganda» deste Governo. «As políticas socialistas, que têm feito com que Portugal caminhe rapidamente para o último lugar, foram sempre aplaudidas pelo atual Presidente. Votar Marcelo é garantir a continuação de políticas erráticas, de desperdício do dinheiro dos contribuintes e do esmagamento de pessoas e empresas em impostos e burocracias», reafirmou, esta semana.

O candidato apoiado pelo Chega  foi outro dos alvos. Mayan lançou, na última semana da campanha, um cartaz, em Lisboa, a garantir que será «O Presidente de todos os portugueses (até dele)». Ao lado, um outdoor  de André Ventura diz que quer ser «O Presidente dos portugueses de bem».

O candidato apoiado pela IL preferiu não traçar nenhuma meta eleitoral. Nas eleições legislativas, em que concorreu pela primeira vez, a Iniciativa Liberal elegeu um deputado  com 1,29%, o que corresponde a cerca de 67 mil votos.

Depois das eleições, Tiago Mayan vai voltar à «vida normal», mas será «um ativo liberal», diz fonte do partido. A diferença é que agora é uma cara mais conhecida dos portugueses.