O PSD/Lisboa já definiu o perfil do candidato à Câmara de Lisboa e não fecha a porta a um eventual apoio a Assunção Cristas.
A decisão final será de Rui Rio, mas a concelhia de Lisboa aponta para que o principal adversário de Fernando Medina seja uma figura com «elevada notoriedade junto da comunidade» e com «reconhecida capacidade de gestão de equipas e projetos». A «não obrigatoriedade de ser militante do PSD» é outro dos critérios definidos.
O documento define a estratégia para as eleições autárquicas e aponta para que o candidato a Lisboa seja alguém experiente e conhecedor da cidade. «Outra qualidade adicional desejável para um candidato à presidência da Câmara Municipal de Lisboa será a sua experiência, onde devemos valorizar aspetos como conhecimento autárquico e capacidade política».
O PSD/Lisboa lembra que «já passaram dezasseis anos desde a última vez que os lisboetas confiaram a gestão da cidade ao PSD». Por essa razão, a prioridade «deverá ser escolher quem podemos entender como mais reconhecidos para conquistar a confiança dos lisboetas», refere o documento intitulado Visão Estratégica para as eleições autárquicas.
Rui Rio ainda não deu nenhuma pista sobre o nome do candidato à Câmara de Lisboa, mas também não fechou nenhuma porta. Assunção Cristas, que há quatro anos conseguiu um resultado histórico para o CDS, foi um dos nomes abordados nas conversas entre Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos, mas a turbulência entre os centristas não ajuda.
Nos últimos meses, vários nomes foram falados na praça pública. Paulo Portas foi lançado pelo ex-ministro Miguel Poiares Maduro, mas já se colocou de fora da corrida. Carlos Moedas, ex-comissário europeu, também surgiu como uma hipótese, mas não estará disponível. Marques Mendes chegou a apontar o nome do ex-ministro de Passos Coelho por ser uma figura «competente, prestigiada e credível». Santana Lopes também já garantiu que está fora da corrida. Se voltar a ser candidato a uma câmara será em Sintra ou na Figueira da Foz.
CDS quer coligação
Francisco Rodrigues dos Santos voltou a defender, esta semana, uma coligação pré-eleitoral. PSD e CDS têm «tudo a ganhar» em «entender-se para apresentar listas conjuntas», afirmou à agência Lusa. «Parece-me a única hipótese de derrotar Fernando Medina e o socialismo e, como esse é o grande objetivo, acho que temos de trabalhar e dialogar para encontrar a melhor solução possível», acrescentou. PSD e CDS vão assinar nas próximas semanas um acordo para as autárquicas. O Chega fica de fora.