Em 2020, a faturação da rede imobiliária da Century 21 superou os 49 milhões de euros, um crescimento de 4,5% face aos 46,9 milhões registados no ano anterior.
Já o volume de negócios mediado diretamente pela rede Century 21 Portugal e em partilha com outros operadores registou um ligeiro aumento de 1,6 % para os 1.977.845.908 de euros, um indicador que, segundo a imobiliária, também reflete o contexto geral do mercado imobiliário, num ano marcado pela pandemia.
Ainda durante o ano passado, foram realizadas 12565 transações de venda de imóveis na rede nacional Century 21 Portugal, valor que representa uma quebra de 4,5% em relação às 13160 efetuadas no ano anterior. O trimestre que mais contribuiu para a diminuição de operações de venda foi o segundo, que coincide também com os meses mais impactados pela crise pandémica.
No que diz respeito ao arrendamento, o número de operações cresceu 5%, seguindo a tendência crescente do ano anterior. Em 2020, foram realizadas 2685 operações de arrendamento, mais 127 do que as 2558 efetuadas em 2019. Destaque para o último semestre de 2020 revelou os níveis mais elevados de transações de arrendamento dos dois últimos anos.
Já no mercado residencial, as habitações mais procuradas pelos portugueses continuaram a ser os apartamentos T2 e T3, mantendo-se, assim, o comportamento dos consumidores em termos zonas preferidas, tipologias e dimensões dos imóveis transacionados.
Foi ainda registado um crescimento de 6,9 % no valor médio dos imóveis transacionados na rede Century 21 Portugal, em comparação com o ano anterior, e o valor médio fixou-se nos 170.5 mil euros, a nível nacional.
“Esta subida do valor médio dos imóveis transacionados é uma consequência direta da falta de oferta no segmento médio e médio baixo, uma situação que coloca ainda maior pressão na taxa de esforço dos portugueses para aquisição de casa”, defende Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal.
O responsável diz ainda que se salienta “uma maior dinâmica do mercado imobiliário nas cidades e zonas suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa e da Área Metropolitana do Porto, onde registamos níveis superiores de procura e do número de transações efetuadas, com as famílias e jovens a serem obrigados a procurarem novas zonas, mais ajustadas ao seu poder de compra”.
Essa dinâmica, diz, “provocou nessas cidades um aumento do valor médio dos imóveis transacionados, como podemos verificar, por exemplo, em Setúbal, onde se verificou um crescimento de 22% do valor médio dos imóveis transacionados”.
No arrendamento, o valor médio a nível nacional fixou-se nos 817 euros, o que revela uma descida de 3,5 % face à média nacional de 847 euros verificada em 2019. No entanto, registaram-se quebras mais acentuadas dos valores médios de arrendamento em várias zonas do país.
Ricardo Sousa explica que “esta descida é uma consequência do perfil de procura, com menor capacidade económica, bem como de famílias e jovens que procuram uma solução flexível e temporária de habitação, que optam pelo arrendamento como a alternativa possível”.
2020 “foi também marcado pela transferência de muitos imóveis alocados ao alojamento local para o arrendamento de longa duração, o que influenciou o aumento da oferta e um maior ajuste do valor médio de renda nos imóveis transacionados em mercados como Lisboa e Porto, com a Cidade Invicta a registar quebras de quase 40% no valor médio de arrendamento, e onde os proprietários tiveram que se adaptar para arrendarem rapidamente os seus imóveis”, acrescenta ainda o responsável.