"Gostava de advertir os nossos parceiros europeus sobre qualquer nova iniciativa imprudente. Ela será seguida inexoravelmente, como compreendem, de uma resposta proporcionada", confirmou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, numa conferência de imprensa.
A responsável russa referiu-se às discussões que estão decorrer na Comissão Europeia sobre as eventuais novas sanções contra a Rússia.
"É absolutamente inaceitável utilizar os direitos humanos e os princípios democráticos como instrumentos geopolíticos", admitiu Zakharova.
Nesta terça-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, avisou que vai recomendar ao Conselho Europeu a adoção de novas sanções depois da sua visita polémica à capital russa, nos dias 4 a 6 de fevereiro, na mesma altura em que três diplomatas europeus são expulsos de Moscovo.
A União Europeia e a Rússia estão cada vez mais distantes com o passar dos anos devido a vários tipos de situações, relacionadas com a Ucrânia, Síria e Líbia, e mais recentemente à volta do caso do opositor russo Navalny.
Bruxelas pediu a libertação do opositor de Putin, que foi detido logo no seu regresso à Rússia no dia 17 de janeiro, após ter sido transferido para a Alemanha por uma tentativa de envenenamento no verão passado, e condenou a censura das manifestações da população russa pela libertação de Navalny no final de janeiro e início deste mês.
Prevê-se que na reunião próximo dia 22 de fevereiro, Josep Borrell submeterá as propostas de sanções aos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.