O primeiro-ministro disse que o grosso das medidas de combate à covid-19 vai continuar a vigorar.
"Temos de manter o atual nível de confinamento seguramente para os próximos 15 dias e muito realisticamente teremos que manter ainda durante o mês de março", anunciou.
"Não é momento para começar a discutir desconfinamentos, totais ou parciais", sublinhou que é preciso “manter este esforço”.
Uma das razões apresentadas pelo líder do Executivo para o prolongamento das restrições é a preocupação com as novas variantes do vírus e a escassez de vacinas.
“Há um atraso na produção", começou por explicar, afirmando que se vai chegar ao final do trimestre com "menos pessoas vacinadas" do que o inicialmente previsto.
Afinal só vão chegar 1,9 milhões de doses em vez das mais de quatro milhões, "o que significa que a nossa capacidade de vacinação vai ser cerca de metade do que estava previsto nos contratos assinados", disse e acrescentou: "O problema está fora do nosso controlo que é a capacidade de produção da indústria".
Costa lembrou que atualmente a variante britânica é responsável por 43% dos novos casos em Portugal e que "ninguém pode garantir ou evitar que novas variantes venham a existir”.
“Temos de ter consciência de que temos de prolongar estas medidas com grande probabilidade durante março, tendo em conta que teremos menos vacinas do que previsto e que há novas variantes que existem cuidado redobrado”, reiterou.
O primeiro-ministro, questionado pelos jornalistas, recusou avançar com uma possível data do aligeirar das medidas considerado a discussão prematura e até perigosa.
“Seria extremamente grave estar a discutir as medidas do desconfinamento", disse. “As medidas têm vindo a dar resultados, com custos – mas são medidas indispensáveis. Estamos ainda longe de o conseguir, pelo que neste momento devemos focar-nos nelas, desejando levantá-las quando possível, mas será sempre de forma gradual como em maio passado”, acrescentou.
"Seguramente não haverá festejos de Carnaval e a Páscoa não será como a conhecemos", comunicou ainda.
Sobre o regresso ao ensino presencial, Costa voltou a recusar avançar com uma data. "É prematuro pensar se vamos poder regressar ao ensino presencial antes ou depois das férias da Páscoa".
“Quanto maior for o confinamento mais rapidamente controlamos a pandemia", sublinhou, insistindo na ideia de que "o desconfinamento não está no horizonte".