Na primeira sessão do julgamento do homicídio de Valentina, esta quarta-feira, no Tribunal de Leiria, que teve início esta quarta-feira de manhã, o pai da criança admitiu ter dado palmadas à filha, mas negou que lhe tivesse batido com uma colher de pau.
Sandro Bernardo garantiu ainda em tribunal que não foi ele quem levou Valentina para a banheira, onde a menina terá sido queimada como castigo, acusando a mulher, Márcia Bernardo, de o ter feito
O pai atribuiu assim à madrasta da criança a responsabilidade pelas circunstâncias que terão levado à morte da menina. Confirmou, no entanto, que levou o corpo da filha para o pinhal e que combinou com a mulher dar conta do desaparecimento às autoridades.
Disse ainda que não sabia explicar porque nada fez enquanto a filha ficou a agonizar no sofá, devido aos ferimentos, antes de morrer e que acabou por confessar porque já “não aguentava mais” a pressão.
Por seu lado, a madrasta de Valentina confirmou que tudo começou com a suspeita de que a menina teria sido vítima de abusos sexuais e que Sandro Bernanrdo bateu na filha para a obrigar a falar.
Márcia contou que tentou proteger a enteada, mas que foi impedida pelo marido, que acusa de ter sido ele a levar a criança para a banheira, ao contrário do que Sandro disse no seu depoimento.
Garantiu que quando viu a menina quase a desfalecer na banheira disse para pedirem ajuda, mas que o marido recusou fazê-lo.