Diplomatas norte-americanos obrigados a submeter-se a testes anais? Pequim nega

Procedimento está em vigor na China desde 2020 e é aplicado, sobretudo, a pessoas que chegam do estrangeiro. Contudo, os diplomatas e outros estrangeiros com documentação especial estão isentos da legislação. 

Depois de o jornal Washington Post noticiar que alguns elementos do pessoal diplomático norte-americano foram obrigados a submeter-se a testes anais de deteção do novo coronavírus na China, Pequim já reagiu e negou, esta quinta-feira, que tal tenha acontecido.

"A China nunca pediu a diplomatas norte-americanos na China para fazerem o teste anal", assegurou ZhaoLijian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pequim, em conferência de imprensa.

De realçar que, esta quarta-feira, um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano disse que Washington "está comprometido em garantir a segurança e a salvaguarda dos diplomatas dos Estados Unidos e das famílias, preservando a dignidade que constam da Convenção sobre Relações Diplomáticas de Viena, além de outra legislação sobre ligações diplomáticas".

Uma posição que surgiu depois de o Washington Post noticiar, no passado fim de semana, que alguns elementos do pessoal diplomático norte-americano na República Popular da China comunicaram que tinham sido submetidos aos testes anais.

Recorde-se que o procedimento está em vigor na China desde 2020 e é aplicado, sobretudo, a pessoas que chegam do estrangeiro. Contudo, os diplomatas e outros estrangeiros com documentação especial estão isentos da legislação sobre a proibição de estrangeiros no país.

O método consiste em inserir uma zaragatoa com dois a três centímetros, mergulhada numa solução salina, no ânus. Segundo os especialistas, este tipo de triagem pode aumentar a taxa de deteção em pessoas infetadas, dado o facto de a covid-19 permanecer mais tempo no ânus do que no trato respiratório.