Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e líder do PSD, bem como fundador da Aliança e ex-líder do partido, voltou a reunir-se esta semana com o presidente dos sociais-democratas, Rui Rio. O objetivo foi avaliar a possibilidade de Santana abraçar um novo projeto autárquico.
O antigo primeiro-ministro, apurou o Nascer do SOL, tinha defendido o adiamento das autárquicas por causa da pandemia e avisou que saiu da Aliança mas não o fazia para ser candidato a lado algum. Nesta fase está em reflexão, no registo do ‘vamos ver’, e deixou claro que só admitia ponderar uma candidatura com base em três critérios: primeiro, não poderia haver guerras internas no PSD local, teria de haver consenso; segundo, o projeto teria de ser uma autarquia de difícil conquista; e, terceiro, teria de ter o apoio da Aliança. Este último critério é mesmo ponto de honra.
A aproximação de Rio a Santana no Natal sensibilizou o antigo primeiro-ministro, mas isto não significa que vá para o terreno. Em todo o caso, na direção do PSD há a vontade de contar com Santana Lopes e o encontro desta semana (na quarta-feira passada) sinalizou isso mesmo.
O nome de Santana Lopes chegou a ser aventado para Coimbra ou para a Figueira da Foz. Rio não quis comprar uma guerra com a concelhia da Figueira da Foz (que escolheu Pedro Machado para candidato), ao contrário, por exemplo, de Coimbra, em que optou pelo independente José Manuel Silva, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, em detrimento de Nuno Freitas. Em relação a Santana, ainda é cedo para saber se o PSD contará com ele como independente.
Entretanto, o vice-presidente do Parlamento e ex-líder parlamentar do PSD Fernando Negrão vai ser o candidato em Setúbal.