Pelo menos oito pessoas ficaram feridas, esta quarta-feira, depois de um homem ter desferido um ataque com uma arma branca em Vetlanda, no sul da Suécia.
Apesar de inicialmente a polícia ter tratado o caso como uma “tentativa de homicídio”, a polícia local suspeita da possibilidade de se tratar de um ataque terrorista e está a tratá-lo como tal, avançou a agência de notícias France-Presse.
“Iniciámos uma investigação preliminar, mas há detalhes na investigação que nos fazem procurar potenciais motivações terroristas”, disse a chefe da polícia local, Malena Grann, em conferência de imprensa.
O autor do ataque, que também é suspeito de outros pequenos delitos, um homem com cerca de 20 anos, foi baleado pela polícia e desconhece-se o seu estado clínico, avançou a televisão pública sueca. Os oito feridos, incluindo o atacante, foram transportados para o hospital.
Em relação ao estado das vítimas, segundo o hospital de Jönköping, capital da região, três das vítimas apresentam ferimentos que colocam em perigo de vida e duas estão em estado grave.
Este crime não foi reivindicado por nenhum grupo terrorista e ainda não são conhecidas provas para fazer este tipo de ligação. Segundo o relatório das autoridades, que não especificou se o atacante é de origem sueca ou de outro país, “a polícia não fará comentários sobre a prisão nem sobre o motivo pelo qual abriu fogo”, pode ler-se.
Contudo, segundo avança o canal televisivo sueco, SVT, citado pela BBC, o responsável pelo crime trata-se de um refugiado afegão, que está a viver na Suécia desde 2018.
Um crime “desprezível” O ministro do Interior, Mikael Damberg, considerou este crime um acontecimento “terrível” e explicou que ainda não existe grandes detalhes sobre o crime. “Não está claro exatamente o que aconteceu e qual foi o motivo. A polícia prendeu um suspeito e reforçou a segurança em Vetlanda”, afirmou, num comunicado à imprensa, onde aproveitou para deixar uma palavra de apoio à família das vítimas.
O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, descreveu no Facebook que este foi um crime de “violência horrível” e recordou que estas ações “desprezíveis” são uma lembrança de “quão frágil é a existência segura” dos suecos. Löfven garantiu que a agência de segurança doméstica sueca, SAPO, já tomou as medidas necessárias para reforçar a segurança destas ruas e para continuar a investigar o crime.
As autoridades suecas procuram garantir que não sofrem um novo ataque terrorista dentro das suas fronteiras depois de ter sido alvo de dois na última década. Em dezembro de 2010, um homem realizou um ataque suicida à bomba no centro de Estocolmo, contudo apenas causou feriu sem gravidade e acabou por ser abatido.
Em abril de 2017, um uzbeque, Rahhmat Akilov, que se encontrava exiliado na na Suécia, atropelou diversas pessoas em Estocolmo com um camião roubado, o que resultou na morte de cinco pessoas. Este ataque foi descrito como o “maior crime alguma vez cometido” na Suécia e Akilov acabou por ser preso e condenado a prisão perpétua em junho de 2018.
Atualmente as autoridades suecas mantêm o país no nível de alerta 3, de cinco, para ataques terroristas. A página da polícia sueca apresenta um conjunto de recomendações à população. Desde logo, sempre que vai a um local público, ter por hábito localizar saídas de emergência.