É um texto com destaque no site politico.eu e o título não é simpático para Portugal, aludindo à presidência «fantasma» que adjudicou milhares de euros para bebidas ou até fatos e camisas, apesar das restrições impostas pela covid-19 terem reduzido ao mínimo as deslocações e contactos presenciais em Lisboa. Por isso, foi usado o termo «fantasma».
O Nascer do SOL contabilizou 192 contratos ou adjudicações (nem todos são ajustes diretos). E as contas vão somando-se aos milhões. Estão, aliás, adjudicados cerca de 8 milhões de euros (contas do Observador) num bolo total previsto de mais de 40 milhões de euros no Orçamento do Estado para 2021. O Nascer do SOL já tinha feito algumas contas no início de janeiro, com ajustes diretos com a Mercedes-Benz, para aluguer de carros no valor de 388 mil euros. Os valores começaram a somar no final do ano passado, mas com a pandemia da covid-19 os encontros em Lisboa têm sido reduzidos ao mínimo, trocados por reuniões online. Ainda assim, a estrutura de missão da Presidência da União Europeia fez um ajuste direto, relatado pelo site internacional politico.eu, para a aquisição « de 180 unidades de fato e 360 unidades de camisa», no valor de 39 780 euros, conforme consta do site base.gov.pt. Ao politico.eu, a justificação oficial foi a de que tal contrato é destinado a motoristas que transportam ou transportarão delegações dos 27 países estados-membros. «Não podemos simplesmente descartar a possibilidade de serem realizados encontros presenciais no futuro próximo», adiantou a porta-voz da presidência portuguesa Alexandra Carreira àquele site.
Foram também adjudicados cerca de 35 mil euros à Sogrape para fornecimento de vinhos, vinhos do Porto e espumantes, que tiveram eco no politico.eu. Entretanto, o PAN já pediu explicações sobre estas despesas.