O Papa Francisco falou, esta quarta-feira, sobre a sua viagem ao Iraque, uma visita histórica, não só por ter sido a primeira visita Papal ao país, mas pela perigosidade que lhe estava associada. Francisco disse estar “pleno de gratidão”.
"Depois desta visita, a minha alma está plena de gratidão", disse o sumo pontífice, na audiência geral semanal, lembrando todos aqueles que tornaram esta viagem possível, desde as autoridades políticas, às “autoridades religiosas, começando no grande ‘ayatollah’ Ali Sistani, com o qual” Francisco teve “um encontro inesquecível na sua residência".
"O povo iraquiano tem o direito de viver em paz, tem o direito de recuperar a dignidade que lhe pertence. As suas raízes religiosas e culturais são milenares: a Mesopotâmia é o berço da civilização", disse, lamentando depois que este património tenha sido destruído pela guerra.
"É sempre a guerra, este monstro que com a mudança dos tempos se transforma e continua a devorar a humanidade", lamentou.
O Papa pediu que não se responda “às armas com outras armas" e disse que "a resposta é a fraternidade”.
“Nunca um Papa tinha estado na terra de Abraão", frisou.
"A Providência quis que isso acontecesse agora, como um sinal de esperança depois de anos de guerra e terrorismo e durante uma grave pandemia", sublinhou.
Recorde-se que o Papa regressou ao Vaticano na segunda-feira, depois de uma viagem de três dias ao Iraque, onde esteve em Bagdade, Mossul e Qaraqosh.