O homicídio de Sarah Everard está a chocar os londrinos. A mulher, de 33 anos, foi vista pela última vez, no dia 3 de março, enquanto caminhava para sua casa em Brixton, no sul de Londres, depois de ter visitado um amigo perto de Clapham.
Sarah saiu da casa do amigo perto das 21h, e enquanto andava, conversou com o namorado ao telemóvel durante 15 minutos, terminando a chamada às 21h28. A caminhada até sua casa devia ter demorado cerca de 50 minutos, mas acabou por custar a vida de Sarah.
Uma semana depois, foram encontrados restos mortais numa floresta em Ashford, Kent, que fica a mais de 90 quilómetros de distância da casa de Everard, revelou na conferência de imprensa, a comissária da polícia de Scotland Yard, Cressida Dick, na quarta-feira à noite. A polícia ainda não confirmou a identificação dos vestígios humanos encontrados.
Após um apelo público, a Polícia Metropolitana de Londres recebeu mais de 120 telefonemas e iniciou a investigação ao pedir para que todas as pessoas que tivessem câmaras de vigilância em locais por onde Everard poderia ter passado que enviassem as imagens.
Ao passar por cerca de 750 casas naquela área, na terça-feira, a polícia britânica deteve Wayne Couzens, de 48 anos, um agente da Metropolitan Police, membro da unidade responsável pela segurança de figuras diplomáticas e políticas, e uma mulher de 30 anos, suspeitos pelo desaparecimento e assassinato de Sarah Everard.
O primeiro-ministro, Boris Johnson, já se pronunciou em relação a este crime hediondo e na rede social, Twitter, disse que estava “chocado e profundamente triste com os desenvolvimentos da investigação de Sarah Everard", acrescentando que a polícia britânica deve “trabalhar rapidamente para encontrar todas as respostas sobre este crime horrível”.
A comissária da polícia de Scotland Yard, Cressida Dick, falou “em nome de todos os colegas” para exprimir o “choque com a terrível notícia”, sendo que o detido Wayne Couzens integra um corpo de elite dentro da Metropolitan Police.
Cressida Dick disse ainda que “é extremamente raro uma mulher ser raptada nas ruas”, da cidade de Brixton, porém prometeu reforçar a presença feminina na polícia londrina.