Advogado internado com covid-19 adia julgamento de Nicolas Sarkozy

Agora, ex-Presidente será julgado entre os dias 20 de maio e 22 de junho no Tribunal Criminal de Paris.

O julgamento do antigo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi adiado para dia 20 de maio devido à hospitalização de um dos seus advogados, que está infetado com covid-19. O julgamento do ‘Caso Bygmalion’ era para ter começado esta quarta-feira.

A decisão foi apenas conhecida ao final a tarde de hoje, depois de vários advogados de diferentes réus terem persistido no adiamento do julgamento devido à hospitalização de um dos colegas.

Agora, o ex-Presidente será julgado entre os dias 20 de maio e 22 de junho no Tribunal Criminal de Paris.

O advogado que está internado devido à covid-19 vai defender Jérôme Lavrilleux, ex-diretor adjunto da campanha de Sarkozy, que foi o primeiro a confessar estar envolvido num vasto golpe com base em faturas falsas, despesas desvalorizadas e despesas omitidas voluntariamente das contas submetidas ao controlo final.

Nicolas Sarkozy foi condenado no dia 1 de março a três anos de prisão, um dos quais efetivo, por corrupção e tráfico de influência no chamado “Caso das Escutas”.

Neste novo julgamento, o ex-Presidente vai enfrentar uma pena de até um ano de prisão e uma multa de 3.750 euros por "financiamento ilegal da campanha eleitoral".

Sarkozy já avisou que só aparecerá nas audiências quando ele próprio for visado. Ao contrário dos coarguidos, acusados de fraude ou cumplicidade, o ex-Chefe de Estado não é responsabilizado pelo sistema de faturas falsas, desenvolvido para esconder os gastos excessivos da campanha.