Depois de ter formalizado a sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa como representante do partido Chega, Nuno Graciano aceitou responder às questões sobre a sua candidatura no podcast “Auto da Fé” de Rui Unas e Catarina Moreira.
O apresentador de televisão confessou que não estava à espera de receber as ameaças de morte de que tem sido alvo logo no momento em que se soube que seria o candidato oficial do partido às autárquicas.
"Desde sexta-feira, o dia em que foi anunciada a possibilidade de eu ser o candidato pelo Chega à cidade de Lisboa, ainda não fiz outra coisa a não ser receber ameaças de morte", afirmou.
Rui Unas perguntou-lhe como é que lhe têm chegado estas mensagens, Nuno Graciano respondeu: "Chegam-me ao Instagram, ao Facebook e através de mensagens anónimas. Tem-me chegado das mais variadas formas e acho que isto é que manifesta de facto o que é o ódio".
No entanto, apesar de ser alvo de ameaças de morte, o apresentador disse que estas já não o assustam e que está habituado a lidar com polémicas. "Nunca fui um boneco nem um personagem de televisão", admitiu, ao referir que muitas das opiniões controversas que exprimiu lhe custaram “algumas idas a tribunal".
"Eu gosto de ser polémico, sempre fui, mas não faço por ser polémico. A minha forma de estar e de ser, a minha cultura, o meu verdadeiro eu já é polémico. Muitas vezes sem dizer nada, sem abrir a boca, já estou a ser polémico", sublinhou.
Na entrevista, Graciano também contou que recebeu o convite de André Ventura através de uma chamada telefónica e que decidiu aceitá-lo por estar farto de estar "sentado no sofá" inconformado com as atuais políticas. "O Chega tem umas linhas com as quais eu concordo", afirmou, assinalando que a política esteve sempre presente na sua vida.
O apresentador ainda revelou um rumor que o próprio considerou absurdo. "Agora descobriram, imagina tu, que tenho o cabelo rapado porque sou neonazi. Já tenho o cabelo rapado há 30 anos e rapei o cabelo porque comecei a fazer apanhados em televisão para usar peruca".
Veja aqui a entrevista do podcast “Auto da Fé”.