A reunião entre os acionistas da Groundforce – a Pasogal de Alfredo Casimiro (que detém 50,1% da empresa) e a TAP (com 49,9%) –, que decorreu esta quarta-feira, terminou sem acordo entre as partes.
Segundo apurou o Nascer do SOL junto de fonte próxima do processo, o encontro de duas horas e meia foi inconclusivo, mas a TAP ficou de avaliar duas soluções propostas por Alfredo Casimiro: um aumento de capital a ser subscrito por um valor por ação baseado na avaliação da Groundforce feita em 2018, pela Sycomore Corporate Finance (adaptada em função dos impactos da covid-19); ou a constituição do penhor das ações do acionista privado junto do Montepio, tendo em vista a libertar dinheiro de imediato para pagar aos trabalhadores.
Recorde-se que as soluções colocadas agora em cima da mesa pelo acionista privado surgem como alternativa à proposta da TAP, apresentada no último domingo a Alfredo Casimiro, para a realização de um aumento de capital da Groundforce de 6,97 milhões de euros, através da emissão de 697 mil novas ações, com o valor nominal de 10 euros – com a empresa de gestão de bagagens a passar dos atuais 500 mil euros de capital para cerca de 7,5 milhões –, mas que impunha que a empresa passava a ser controlada pelo Estado português.
Para esta quinta-feira, dia em que o tema regressa ao Parlamento, os sindicatos convocaram “a maior manifestação de sempre de trabalhadores da Groundforce”, para a zona das chegadas do aeroporto de Lisboa. Face à crise que a empresa atravessa, os cerca de 2.400 trabalhadores da Groundforce continuam sem receber os salários de fevereiro.