Apesar da pandemia, os preços das casas em Portugal subiram 8,4%. Apesar do crescimento, esta subida representa menos 1,2 pontos percentuais (p.p) face a 2019. Os dados foram revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que acrescenta que o aumento médio anual dos preços das habituações existentes (8,7%) superou o das novas (7,4%).
No total, foram transacionadas 171800 habitações, menos 5,3% que em 2019. Já no que diz respeito ao valor, os alojamentos transacionados somaram 26,2 mil milhões de euros, um crescimento de 2,4% face ao ano de 2019.
“O valor das transações novas aumentou 9,3% para 5,4 mil milhões de euros e o das habitações existentes aumentou 0,7% para 20,8 mil milhões de euros”, acrescenta o gabinete de estatística no Índice de Preços da Habitação (IPHab).
“Pela primeira vez desde 2012, o número de transações de alojamentos diminuiu, refletindo o contexto económico adverso decorrente da pandemia covid-19”, explica o gabinete de estatística.
Já quanto ao último trimestre do ano passado, a taxa de variação homóloga do IPHab foi de 8,6%, um valor superior em 1,5 pontos percentuais face ao mês anterior. Neste período, diz o INE, os preços das casas existentes cresceram “a um ritmo inferior” ao das novas: 8,5% e 9%, respetivamente.
A nível regional, em 2020, o Norte (28,7%) e a região Centro (20,0%) concentraram 48,7% do número total de transações, “o peso relativo conjunto mais elevado desde 2014”.
Já o Alentejo (6,9%) e a Região Autónoma da Madeira (1,8%) foram as restantes regiões a registar um aumento nas respetivas quotas relativas regionais de 0,7 p.p. e 0,1 p.p., respetivamente.
Por outro lado, a Área Metropolitana de Lisboa, pelo segundo ano consecutivo, registou uma redução (1,0 p.p., em 2020) no seu peso relativo regional, fixando-se em 33,5%. No Algarve as transações de alojamento representaram 7,6% do total, menos 0,7 p.p. face a 2019. A Região Autónoma dos Açores representou 1,5% do número total de transações.
O INE avança ainda que, no último ano, a Área Metropolitana de Lisboa representou 45,4% do valor das transações realizadas em Portugal. “Este foi o terceiro ano consecutivo em que esta região registou uma redução do seu peso relativo no valor total das vendas de habitações, de -1,2 p.p. (em 2017, o peso relativo foi 48,2%)”.
Das restantes regiões, o Algarve registou também uma diminuição do respetivo peso relativo, -0,7 p.p., perfazendo 10,2%. O Norte (24,3%) e o Centro (13,0%) representaram, em conjunto, 37,3%, do valor total das habitações transacionadas, menos 11,4 p.p. que o respetivo peso relativo no número de transações.