O Presidente da República assinalou o Dia Mundial da Saúde, esta quarta-feira, com uma visita Unidade de Saúde Familiar (USF) da Baixa, em Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou o trabalho desempenhado pela equipa de profissionais de saúde naquela USF, pois "não se limita a ter os médicos e enfermeiros e o pessoal de saúde. Conhece a vida das pessoas, trabalha nesse domínio da vida das pessoas".
“É um projeto inovador” que apoia cerca de 14 mil utentes da freguesia de Santa Maria Maior num leque de mais de 80 nacionalidades, e que mostra um pouco daquilo que é o “futuro dos cuidados primários do SNS”.
Em declarações para os jornalistas, Marcelo disse que o caso da vacina AstraZeneca tem sido uma “via-sacra, um conjunto de problemas que se tem acumulado no tempo".
"De 15 em 15 dias descobre-se mais um problema: ou é no fornecimento, ou é em questões de análise ou reanálise do processo produtivo”, afirmou o chefe de Estado.
Marcelo vê-se preocupado com fornecimento de vacinas contra a covid-19, visto que “há a necessidade de vacinas”, mas também as dúvidas que continuam a pairar sobre a vacina da AstraZeneca deixam a União Europeia numa “situação incómoda”.
Para além do bloco comunitário, cada país tem tomado a sua decisão, o que, para Marcelo, “perturba a opinião pública”, sendo que devia existir uma “posição unida, clara e duradoura” entre todos os Estados-membros.
Sem inviabilizar mais a velocidade da vacinação na União Europeia e também no nosso país, o Presidente da República espera que a reapreciação da Agência Europeia do Medicamento “seja rápida”.
Abril e Maio são meses essenciais para a vacinação em Portugal, salientou Marcelo. "E a vacinação é uma condição fundamental no bom processo de desconfinamento, com a testagem".
O chefe de Estado considerou que a presidência portuguesa na Comissão Europeia tem feito “um esforço nas últimas semanas para fazer quase a quadratura do círculo”, para dividir as vacinas para cinco países que precisavam de mais vacinas do que aquelas que proporcionalmente deveriam receber e outros três que se criam retirar do processo coletivo de vacinação. "Com negociações complexas", foi possível chegar a um consenso.
O Presidente da República referiu também os dados divulgados hoje sobre a esperança de vida saudável que mostram “passos importantes na saúde em Portugal”.
"Por exemplo, os maiores de 65 anos têm hoje uma expectativa de vida saudável maior do que tinham há cinco anos, dez ou quinze anos". O que significa que uma pessoa em Portugal com 65 anos poderá viver com saúde até aos 72,3 anos. "Não é mau, é por onde eu ando", salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
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