A oferta de casas para arrendar em Portugal registou uma subida de 20,3% nos primeiros três meses deste ano, face ao trimestre anterior, “impulsionada pela crise no turismo”. A garantia é da plataforma de tecnologia de dados imobiliários Casafari que divulgou esta quarta-feira o seu relatório de análise do mercado imobiliário relativo ao primeiro trimestre de 2021.
O relatório conclui ainda que, neste primeiro trimestre, apesar da situação de pandemia, os preços do imobiliário no segmento residencial continuaram resilientes em Portugal, com os preços de venda a apresentarem um crescimento gradual.
Já o preço médio de venda de imóveis registou um crescimento de 17,4%, face ao período homólogo do ano passado, enquanto o stock disponível para venda aumentou 87,8%. “No entanto, e face à atual crise que o setor do turismo atravessa, a oferta de casas para arrendar mais do que duplicou até março deste ano, quando comparado com igual período do ano passado, atingindo uma subida de 101,1%, embora o preço médio das rendas tenha recuado 9,4%”.
No que diz respeito ao segmento não residencial, os dados da Casafari “apontam para efeitos mais acentuados devido às novas tendências impulsionadas pela pandemia, como o teletrabalho, com os preços dos escritórios a recuarem e, em sentido inverso, com a oferta disponível para arrendamento a registar aumentos de até 34,5%”.
A Casafari avança ainda que, à exceção de Viseu, todos os outros distritos assistiram a um aumento dos preços médios no período em análise. Destaca-se o distrito de Braga, a registar a maior subida, com um crescimento de 18,6%, e Aveiro, com uma subida de 15,2%. Lisboa continua a ser o distrito com o preço médio de venda mais elevado: 353 mil euros.
No que toca ao arrendamento, o stock disponível em Portugal duplicou no primeiro trimestre de 2021 face ao período homólogo, e aumentou 20,3% face ao trimestre anterior, com todos os distritos a registarem aumentos do número de imóveis disponíveis para arrendar.