No início do próximo mês, Reino Unido vai começar a apresentar a lista dos destinos que os britânicos poderão viajar este verão, nos quais vão ou não implicar quarentena no regresso, anunciou o Executivo britânico num plano divulgado esta sexta-feira. Primeiro, será anunciada a "lista verde", garantiu o Governo.
Segundo o novo sistema de ordem, semelhante às cores dos semáforos, os visitantes dos países da “lista verde” não vão fazer quarentena ou realizar rastreio à chegada. Porém, é obrigatório realizar um teste PCR antes do embarque, mesmo se já estiverem vacinados contra a covid-19.
Já os que vieram dos países da “lista amarela” vão precisar de fazer um teste PCR antes do embarque e ficar em quarentena durante 10 dias quando regressar, na qual terão de realizar mais dois testes PCR.
As pessoas que viajarem para os países da “lista vermelha” são obrigadas a fazer uma quarentena vigiada num hotel determinada pelo Governo britânico durante 10 dias a um custo de 1.750 libras, cerca de 2.105 euros, sem esquecer que também têm de realizar os testes antes do embarque e durante o isolamento.
A decisão do Reino Unido tem como base os critérios como a percentagem da população vacinada, a taxa de infeção, o predomínio de variantes perigosas e a existência de capacidade para realizar testes e identificar variantes, explicou o ministro dos transportes britânicos, Grant Shapps, à BBC.
O ministro mostrou-se confiante de que será possível viajar para o estrangeiro a partir, no máximo, do dia 17 de maio, em viagens turísticas ou para visitar famílias e amigos, algo que tem sido proibido durante o confinamento.
"Sim, é melhor esperar para ver qual é a situação dentro de duas ou três semanas, quando as listas verde, amarela e vermelha forem divulgadas, ter um bom seguro de férias e voos flexíveis. Mas, pela primeira vez, penso que há luz ao fundo do túnel. Poderemos reiniciar as viagens internacionais", afirmou Grant Shapps.
Contudo, existe uma novidade neste sistema. Vai haver uma “lista verde” adicional de países sob vigilância, para ajudar as pessoas a escolher os destinos que poderão mudar para uma lista com controlos mais apertados no regresso.
Ainda que já haja uma solução para as viagens, ainda existe uma certa incerteza sobre quando serão permitidas as viagens para o estrangeiro e quais são os países que vão estar incluídos e em qual lista.
Porém, para o setor de aviação o que poderá afetar mais as viagens é o custo dos testes PCR exigidos antes do embarque que ronda as 100 libras, cerca de 115 euros.
Os presidentes da Associação de Operadores de Aeroportos, Karen Dee, e da associação de transportadoras Airlines UK, Tim Alderslade, pediram, numa carta publicada esta semana, que sejam aceites testes rápidos antigénio, uma solução mais barata do que os testes PCR.
"Poucas pessoas podem dar-se ao luxo de adicionar centenas de libras em custos com testes a uma viagem normal. Isso vai criar uma barreira significativa para muitas viagens e arriscaria impedir um reinício significativo neste verão", assinalaram.
O Governo britânico ainda está a trabalhar no certificado de vacinação, contudo o Executivo não adiantou qual será o formato nem quando estará pronto.
Já os restantes governos autónomos do País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte ainda não confirmaram quando e como vão recomeçar as viagens internacionais.