A GNR deteve três pessoas e constituiu arguidas outras três por captura e posse ilegal de meixão, numa operação internacional que envolveu mais de 170 elementos nos concelhos de Montemor-o-Velho, Figueira da Foz e Soure.
Na sequência da operação “LAKE”, da Europol, a GNR realizou 28 buscas – 14 domiciliárias e 14 em embarcações, veículos e anexos -, nas quais conseguiu apreender meixão vivo e congelado, diversas artes de pesca e equipamentos para conservação, transporte e comercialização.
Foram apreendidos pela GNR 60 quilos de meixão, 21 redes, três embarcações, um veículo, diversos materiais relacionados com a pesca e a conservação do meixão, 27 telemóveis, nove computadores, duas câmaras, uma carabina, uma arma branca e ainda 1.249 euros em numerário.
A investigação já decorria há um ano, na qual se desenvolvia a captura, posse e comercialização ilegal de meixão. Os militares da GNR chegaram à conclusão de que, após a captura, os suspeitos guardavam o meixão em tanques preparados com oxigenação, controlo de temperatura e refrigeração para conservar a espécie.
Os três homens detidos pela Seção de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), do Comando Territorial de Coimbra da GNR, têm idades compreendidas entre os 27 e os 59 anos, já os outros três arguidos, entre os 43 e os 51 anos, também pelo mesmo crime.
A operação contou com a participação da Unidade de Controlo Costeiro, da Unidade de Intervenção e com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas e da Europol.
No comunicado, a GNR ainda explica que a enguia europeia (Anguilla Anguila), que na sua fase larvar é conhecida por enguia juvenil/meixão, "é uma espécie considerada em perigo e que tem sofrido grande redução" devido à pesca ilegal, ao impedir o normal ciclo de reprodução, e "colocando em causa a sustentabilidade da espécie".
"Todos os espécimes apreendidos foram devolvidos ao seu habitat natural", afirmou a GNR.