Os aeroportos portugueses registaram em fevereiro o movimento de 265,6 mil passageiros, o que representa uma queda de 92,9%, em comparação com o mesmo mês do ano passado (acentuando o recuo de 79,3% verificada em janeiro), divulgou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O movimento de carga e correio, por sua vez, totalizou 11,6 mil toneladas, correspondendo a uma diminuição de 33,5% (-30,2% em janeiro).
Considerando o total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais em fevereiro de 2021, cerca de 57% corresponderam a tráfego internacional (83% no período homólogo), sendo a maioria provenientes de aeroportos localizados no continente europeu (48%).
Relativamente aos passageiros embarcados, cerca de 60% estão associados a tráfego internacional (82% no período homólogo), tendo como principal destino aeroportos localizados no continente europeu (51%).
Comparando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente entre janeiro e fevereiro de 2021 com o período homólogo de 2020, regista-se um agravamento no mês de fevereiro, verificando-se reduções diárias superiores a 60% no número de aeronaves aterradas e a 85% no número de passageiros desembarcados.
O aeroporto de Lisboa movimentou 52,3% do total de passageiros (543 mil) neste período e registou um decréscimo de 87,4%.
“Considerando os três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, Faro evidenciou o maior decréscimo do número de passageiros movimentados entre janeiro e fevereiro de 2021 (-92,2%)”, refere o INE, salientando que o aeroporto da Madeira se manteve como terceiro aeroporto com maior movimento de passageiros neste período (75,3 mil, menos 83,6%), superando o aeroporto de Faro.
Entre março de 2020 – mês em que se registaram os primeiros óbitos associados à pandemia covid-19 – e fevereiro de 2021, face aos 12 meses anteriores, segundo o balanço realizado pelo INE, o número de aeronaves aterradas diminuiu 65,2% e desembarcaram menos 80,6% passageiros nos aeroportos nacionais, sinaliza. Neste período, aterraram nos aeroportos nacionais 79,5 mil aeronaves em voos comerciais e desembarcaram 5,8 milhões de passageiros.
França foi o principal país de origem dos voos com passageiros (18% dos passageiros desembarcados) e o Reino Unido o segundo (11%).
No período homólogo pré-pandemia, os mesmos países ocupavam posições inversas. Espanha, que surgia na terceira posição no período anterior à pandemia (representando 10% do total), surgiu no ano de pandemia na quinta posição, diminuindo o seu peso para metade (5%).
A Alemanha aumentou a sua representatividade no período de pandemia, em termos de passageiros desembarcados (de 8% para 10%).
A Itália, por sua vez, deixou de constar entre os cinco principais países durante o primeiro ano de pandemia, dando lugar à Suíça que, no período de pandemia, foi a origem de 6% do total de passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais.