O endividamento da economia voltou a subir em fevereiro, atingindo um novo recorde. Assim, o endividamento do setor não financeiro fixou-se nos 751,4 mil milhões de euros, dos quais 345,6 mil milhões de euros diziam respeito ao setor público e 405,8 mil milhões de euros ao setor privado.
Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) que revela que, relativamente ao mês anterior, o endividamento do setor não financeiro cresceu 5,4 mil milhões de euros. Um crescimento que é justificado com o “incremento de 4,1 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 1,3 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”.
O banco central liderado por Mário Centeno diz ainda que o aumento do endividamento do setor público refletiu-se principalmente no acrescimento do endividamento face ao setor financeiro (2,4 mil milhões de euros) e ao exterior (2 mil milhões de euros). Subidas que foram parcialmente compensadas pela redução do endividamento face às próprias administrações públicas – 200 milhões de euros – e às empresas – 100 milhões de euros.
Segundo o BdP, no setor privado, o destaque vai para o endividamento das empresas que cresceu 1,2 mil milhões de euros. Aumento que reflete sobretudo o incremento do endividamento face ao setor financeiro – 800 milhões de euros – e face ao exterior – 300 milhões de euros.
No mês em análise, a taxa de variação anual (tva) do endividamento total das empresas privadas foi de 1,8% – mais 0,5 pontos percentuais do que no mês anterior. Já a tva do endividamento total dos particulares caiu 0,2 pontos percentuais, para 1%.