O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou, esta sexta-feira, o "prejuízo da TAP está em linha com tudo o que está a acontecer na Europa", referindo-se assim ao resultado negativo recorde de 1.230 milhões em 2020, ou seja 12 vezes superior ao do ano anterior.
Na mesma entrevista à SIC, Pedro Nuno Santos adiantou que já tinham sido identificados 500 trabalhadores, um número que já era conhecido, para despedimento coletivo.
"Não é uma questão de chantagem, a empresa precisa desesperadamente de redução", sublinhou.
“Acompanho o processo e a verdade é que estamos a passar por uma situação complexa, muito difícil — e, em primeiro lugar, para os trabalhadores — e é natural que um processo que visa a redução de efetivos não seja um processo fácil e que ele seja interpretado de forma muito diferente pelos trabalhadores”, admitiu o governante.
Nesse contexto, revelou que "6.240 trabalhadores da TAP receberam uma carta de conforto a dizer que neste momento não está em causa a sua permanência na empresa”.
Questionado sobre os órgãos sociais da empresa, numa altura em que ainda não foi revelado o nome do novo presidente executivo, o ministro adiantou que deverão ser conhecidos nas próximas semanas.