A candidata apoiada pelo PSD à Câmara da Amadora, Suzana Garcia, foi ao programa da tarde do apresentador Manuel Luís Goucha, no qual respondeu a várias questões polémicas que, até à data, não tinham sido esclarecidas pela ex-comentadora da TVI.
Questionada sobre as acusações que a consideram uma pessoa racista, Suzana Garcia respondeu com outra pergunta: "Porque é que as pessoas acham que eu sou racista?".
"Alguma vez a TVI teria nesta casa uma convidada racista, xenófoba?", frisou a advogada, ao garantir que não é racista. "Eu fui convidada a ficar e a TVI sempre me tratou bem".
A candidata disse que é “contra a pena de morte, contra a prisão perpétua", no desenvolvimento do seu ponto de vista.
Terminou o assunto ao afirmar: "Dizerem que Portugal é um país racista incomoda-me profundamente. Somos um país com pessoas racistas, mas não somos um país racista", sublinhou.
Suzana Garcia chegou a emocionar-se durante a entrevista ao contar vários episódios de racismo de que foi vítima em África, país onde nasceu e foi criada, por ter familiares negros.
Já em relação à sua ligação com o partido de extrema-direita Chega, a advogada reforçou que não se identifica com os ideais do partido e que por isso negou o convite para ser candidata pelo mesmo. E é também pelo mesmo motivo que, assegurou, não aceitará nenhum pedido de coligação com Chega no caso de ser eleita para a Câmara da Amadora.
Quanto ao seu ódio por Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo, Garcia explicou: "Eu não gosto de pessoas oportunistas e que são responsáveis por uma grande clivagem na nossa sociedade".