Cerca de 30 pessoas foram massacradas e umas 20 feridas por jiadistas na aldeia de Kodyel, na província de Komandjari, no leste do Burkina Faso. O ataque, ocorrido na manhã de segunda-feira, é um dos mais sangrentos de sempre no país. E surgiu uma semana depois de dois jornalistas espanhóis e um cidadão irlandês serem assassinados na reserva natural de Pama, quando acompanhavam uma patrulha contra a caça furtiva, uma fonte de receita recorrente de grupos jiadistas.
“Aconteceu de manhã, quando algumas pessoas ainda estavam em casa”, descreveu um membro de uma milícia de autodefesa de Komandjari, à AFP. “Dezenas de homens entraram na aldeia e incendiaram as casas, enquanto outros observavam e disparavam contra as pessoas”, explicou, vendo como motivo do ataque o facto de alguns jovens se terem juntado à sua milícia.
Os ataques têm-se tornado cada vez mais frequentes no Burkina Faso, sobretudo junto à fronteira com o Niger e o Mali. Trata-se de uma região desértica, onde nenhum Estado tem presença firme, que, nos últimos anos, se tornou em terreno fértil para várias organizações jiadistas. Bem como um ponto-chave nas rotas da cocaína, através do Saara até à Europa.