O Tribunal Judicial da Província de Sofala, na cidade da Beira em Moçambique, condenou, esta quinta-feira, à pena máxima de 30 anos de prisão os três homens acusados de assassinar a portuguesa Inês Botas em dezembro de 2017.
Danilo Lampião e Jonas Moiane ficaram hoje a conhecer o acórdão com a decisão do tribunal, enquanto Isaías Mangote foi julgado à revelia, estando atualmente fugido, depois de em 2018 ele e outro 16 reclusos terem escapado da Cadeia Central da Beira.
Além dos 30 anos de prisão a que cada um foi condenado, terão também de pagar uma indemnização conjunta de 1,5 milhões de meticais (cerca de 21.600 euros) aos familiares da vítima.
"Subscrevemos na integra o pedido do Ministério Público em aplicar a pena máxima e se o código penal nos permitisse aplicar 50 ou 100 anos, nós chegaríamos lá sem hesitar, pela gravidade do crime", referiu o juiz, Domingos Muchinguere, na leitura da decisão do coletivo, citada pela agência Lusa.
"Feliz ou infelizmente, a pena máxima que a nossa lei prevê são 30 anos", acrescentou.
Recorde-se que Inês Botas, 28 anos, trabalhava na empresa Ferpinta, na cidade da Beira, e foi dada como desaparecida na noite de 28 de dezembro de 2017.
O corpo viria a ser encontrado nas margens do rio Pungwe, tendo a autópsia levado à conclusão de que a cidadã portuguesa morreu afogada.
Os homicidas, um dos quais o preparador físico de Inês, amarraram as mãos da vítima, ainda viva, e atiraram-na ao rio, após roubarem cartões bancários.
Os três confessaram o homicídio e o roubo.