António Costa admitiu, esta sexta-feira, que os efeitos sociais da pandemia em Portugal foram “gigantescos”. Contudo, mostrou-se confiante de que o país vai chegar mais depressa "ao ponto da recuperação".
“Além do combate à pandemia da Covid-19 no plano da saúde, há uma outra luta, que é a luta pela recuperação económica e social. Os danos são gigantescos: Muitos milhares de empregos perdidos, empresas que fecharam, rendimentos que diminuíram e um aumento da pobreza efetiva”, disse o primeiro-ministro, num discurso no Barreiro, numa sessão destinada a apresentar os resultados do programa ‘Bairros Saudáveis’.
Costa sublinhou que, entre 2015 e 2019, cerca de 500 mil cidadãos “venceram” o limiar da pobreza em Portugal. “Mas muitas destas 500 mil pessoas que tinham saído da pobreza, infelizmente, quando daqui a um ano tivermos os números de 2020, verificaremos que, seguramente, os valores da pobreza aumentaram muito significativamente”, admitiu.
Contudo, o chefe do Executivo socialista destacou o “esforço de recomeçar e de recuperar, existindo agora a vantagem de o país já ter testado políticas que deram bons resultados e, portanto, se forem mantidas, voltarão a dar resultados”.
“Felizmente, temos agora músculo acrescido que não tínhamos em 2015. Por isso, podemos chegar mais depressa a esse ponto de recuperação”, disse.
Costa frisou que para o Governo “não basta recolocar o país na situação em que se encontrava em 2019”.
“Depois de chegarmos ao ponto em que estávamos em 2019, é preciso recuperar o tempo que perdemos até 2022. Temos de chegar rapidamente lá à frente e melhor”, acrescentou, referindo-se ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).