“A Ryanair é uma empresa privada e não tem de interferir nas decisões soberanas tomadas pelo Governo português. Portugal é um Estado soberano e democrático e o Governo não aceita intromissões nem lições de uma companhia aérea estrangeira que responde apenas perante os seus acionistas”. Esta é a resposta do ministro das Infraestruturas, após um encontro com o presidente da Ryanair, Michael O’Leary. Pedro Nuno Santos vai mais longe: o “Governo não aceita intromissões nem lições de uma companhia aérea estrangeira que responde apenas perante os seus acionistas”.
Antes desse comunicado tinha sido a vez de Michael O’Leary de ter garantido que não estava numa “guerra comercial” com a companhia aérea portuguesa. “Tivemos uma discussão interessante, embora inútil, com o ministro [Pedro Nuno] Santos esta manhã. Contestamos as suas falsas declarações dos últimos dias de que a Ryanair está a travar uma guerra comercial, quando é concorrência”, garantiu.
Durante o encontro, por videoconferência, “o ministro Santos disse que Portugal tem o direito de investir na TAP”, segundo a nota. “A Ryanair concorda que Portugal tem esse ‘direito’, mas não acredita que três mil milhões de euros dos escassos fundos dos contribuintes portugueses devem ser desviados de investir em escolas, hospitais e outras infraestruturas muito necessárias para subsidiar uma companhia aérea falhada e com preços altos como a TAP”.
Groundforce vai pagar salários
A empresa de handling garantiu aos trabalhadores que estão asseguradas as condições para o pagamento dos salários de maio, em duas tranches, a partir de sexta-feira, sendo que administradores e diretores só vão ser remunerados após os restantes funcionários.
A primeira tranche, que corresponde a 85% do valor do salário líquido, será recebida até sexta-feira. Já a segunda, que inclui os restantes 15%, será paga até 10 de junho. “Os administradores e diretores acordaram receber apenas após todos os restantes trabalhadores terem recebido o seu salário na íntegra”, disse a empresa.