A associação ambiental Zero enviou de presente alguns produtos biológicos a ministros a propósito do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala este sábado
O objetivo é "promover uma sensibilização dos atuais decisores políticos em áreas chave da governação com impacto mais significativo nas matérias ambientais", lê-se num comunicado da Zero.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, recebeu chá verde, que "ajuda a manter um estado de alerta mental e tem propriedades relaxantes".
Para a associação ambiental, os "investimentos na área da educação ambiental para a sustentabilidade são fundamentais para garantir que as novas gerações ficam mais conscientes da importância de se adotarem atitudes e comportamentos compatíveis com estilos de vida que se situam dentro dos limites do planeta".
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, recebeu mel, a Zero quis assim sublinhar que a "apicultura é uma atividade tradicional que se desenvolve principalmente nos territórios do interior do país, os quais apesar das constantes proclamações e promessas continuam sem ter atenção devida dos poderes públicos".
Azeite, foi o presente da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que pretende alertar para o facto de a produção industrial estar a "causar graves impactes ambientais e sociais".
À ministra da saúde, Marta Temido, foram-lhe oferecidas lentilhas, como forma de alerta para a alimentação dos portugueses, que para a Zero, continua a “depender demasiado do consumo de proteína animal, sendo que o mesmo representa mais de metade da pegada ecológica relacionada com a alimentação".
O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, foi outro dos visados pela associação, que lhe enviou cavala em conserva em azeite biológico, lembrando que é importante "abrir caminho para que o consumo de pescado seja reduzido e se centre em espécies com stocks menos pressionados e criar as condições para a criação de áreas marinhas protegidas são tarefas decisivas para as próximas décadas".
Por último, ao ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, foi-lhe oferecido chá de erva-cidreira. A Zero defendeu que face aos indicadores ambientais em matéria de resíduos e a "um território pressionado e ameaçado pela artificialização", "exige-se à tutela desta área serenidade e ponderação perante estes e outros desafios, bem como a tolerância necessária para acolher e aceitar contributos e pontos de vista diferentes da sociedade civil organizada".