Israel tornou-se, esta quarta-feira, o primeiro país a proibir o comércio de peles de animais para moda.
“O comércio de peles de animais, importação e exportação, vai ser proibido, exceto para as necessidades de investigação, educação e certas tradições religiosas”, indicou o Ministério do Ambiente, num comunicado onde anunciou a proibição por decreto ministerial do comércio de peles na indústria da moda.
A proibição irá entrar em vigor dentro de seis meses.
Entre as exceções está o uso de pele no Shtreimel – chapéu utilizado por alguns judeus ultraortodoxos.
Para a ministra do Ambiente israelita, Gila Gamliel, “a indústria do comércio de peles causa um sofrimento inimaginável aos animais e este decreto transformará o mercado de moda israelita tornando-o melhor no cumprimento das normas ambientais”.
Note-se que, em 1976, Israel já tinha proibido a criação de animais para o aproveitamento de peles. Vários países já tinham introduzido algumas proibições parciais ao comércio de peles, nomeadamente para espécies em vias de extinção, mas a proibição total está em vigor apenas em algumas cidades, como São Paulo, no Brasil.
Halevy-Moreno, diretora da Coligação Internacional Anti-Pele, enviou uma carta ao Ministério do Ambiente de Israel, e saudou aquele que considerou um “gesto histórico” de um país que fecha “as portas a esta indústria cruel”.