A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, entre os quais a Rússia, concordaram este domingo em aumentar a produção conjunta de forma gradual nos próximos cinco meses, a partir de agosto, dando por resolvida a disputa entre os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita que estava a bloquear as negociações.
De acordo com a Bloomberg, a organização explicou, em comunicado, que o aumento da produção terá início no próximo mês de agosto, com um acréscimo de 400 mil barris por dia, a cada mês, até que toda a produção interrompida seja reativada.
Os membros da aliança, conhecida como OPEP+, concordaram também em estender até ao final de 2022 o corte de produção, previsto para abril de 2020, em 5,8 milhões de barris diários (mbd).
O pacto estabelece ainda quotas mais elevadas de produção para os Emirados Árabes Unidos, Iraque e Kuwait a partir de maio de 2022.
Este era um dos grandes entraves às negociações, já que os EAU queixavam-se que sua quota de produção era calculada de forma injusta, porque não refletia o investimento que o país fez para expandir a indústria.
A disputa diplomática arriscava a desfazer o acordo mais amplo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, que tem como objetivo ajudar a aliviar a pressão sobre os preços da matéria-prima.