Ordem dos Enfermeiros diz que é “prudente aguardar” por mais informação antes de vacinar crianças

A Ordem dos Enfermeiros sublinha que “a prioridade se deve centrar no processo de vacinação de pessoas com mais de 18 anos da forma mais célere possível” e que “ao vacinar adultos se reduz o risco de exposição das crianças e adolescentes”.

A Ordem dos Enfermeiros (OE) considerou, esta terça-feira, “ser prudente aguardar por uma maior e mais robusta evidência científica” antes de se começar a vacinar crianças e jovens entre os 12 e os 15 anos em Portugal.

“Considerando a evidência científica à data e ponderado o facto de que os benefícios para o grupo etário pediátrico saudável parecem ser limitados, entende-se ser prudente aguardar por uma maior e mais robusta evidência científica quanto aos benefícios e efeitos a médio e longo prazo, antes de ser tomada uma decisão de vacinação universal deste grupo etário", refere o parecer da OE enviado à Direção-Geral da Saúde (DGS).

A Ordem dos Enfermeiros sublinha que “a prioridade se deve centrar no processo de vacinação de pessoas com mais de 18 anos da forma mais célere possível” e que “ao vacinar adultos se reduz o risco de exposição das crianças e adolescentes”. E reitera ainda que "não há, até à data, evidência do impacto que a vacinação de adolescentes possa desempenhar na transmissão dos vírus".

Já as crianças com 12 anos ou menos, com comorbilidades associadas a risco elevado para a covid-19, devem ser aconselhadas à vacinação pelo profissional responsável pelo seu acompanhamento.