Isabel Galriça Neto, candidata à autarquia lisboeta na lista de Carlos Moedas – coligação PSD-CDS-ALIANÇA-MPT-PPM – disse, no Facebook, “não pactuar com esta forma de estar e pretensamente liderar”, considerando “triste” a liderança do CDS-PP protagonizada por Francisco Rodrigues dos Santos. Afirma ainda a antiga deputada não poderem contar com ela para “alimentar beligerância” ou “estar a desgastar a imagem do CDS”.
Galriça_Neto fê-lo em resposta a uma publicação de José Seabra Duque, conhecido militante do partido, que acusou a atual direção de passar quatro meses a “ignorar as deliberações por unanimidade da Concelhia e da Distrital de Lisboa”, acabando por indicar para a lista de Moedas “os nomes que já se conheciam há quatro meses”, no que foi uma referência a Filipe Anacoreta Correia, ontem anunciado como número dois na lista. Duque considera que tal decisão, no fundo, visou “afastar os opositores (não apenas João Gonçalves Pereira) e dar lugares aos amigos, enquanto se fingia deliberar”.
José Duque critica ainda “o total desrespeito institucional, a falta de cultura democrática, e o cancelar de um trabalho de excelência do CDS em Lisboa, em prol da guerra interna”, que ficou “salva” pela “inclusão de Diogo Moura e de Isabel Galriça Neto”. Acrescentou, ainda, ter-se perdido “uma grande oportunidade de utilizar o capital dos últimos oitos anos para fortalecer a candidatura de Carlos Moedas”, que a seu ver “não merecia ser torpedeado por guerra internas”. Com esta decisão, desabafa Duque, a direção do CDS “pode vir a ganhar terreno na guerra civil que destrói o partido”, contudo “enfraquece o CDS e Lisboa fica a perder”.