No ano em que o grau de dificuldade das provas finais aumentou ligeiramente, as médias nos exames nacionais desceram em grande parte das disciplinas.
Segundo os dados do Júri Nacional de Exames, divulgados pelo Ministério da Educação esta segunda-feira, os alunos encontraram maiores obstáculos nas provas deste ano letivo.
O Instituto de Avaliação Educativa decidiu alterar novamente as regras em relação ao ano passado, havendo mais perguntas de resposta obrigatória, de forma a aumentar o grau de dificuldade dos exames.
Recorde-se que, no ano passado, as notas médias nos exames do 12.º ano aumentaram, visto que os alunos realizaram os exames num contexto diferente, devido à pandemia, que os beneficiou, através da existência de um grupo de questões opcionais em que apenas era contabilizada a melhor resposta.
Quanto às disciplinas principais, Português manteve a média de 12 valores, registada no ano anterior, com 34.318 provas realizadas. Já na prova de Matemática A, a média passou de 11,5 em 2020 para os 10,6 valores.
Física e Química foi a disciplina na qual os estudantes sentiram maior dificuldade, uma vez que os resultados médios pioraram em mais de três valores, passando de uma média de 13,2 valores para 9,8 valores, a única abaixo dos 10 valores.
A prova de Biologia e Geologia foi a mais realizada este ano letivo, mesmo com uma ligeira descida na adesão, mas a média também piorou: 12 valores em 2020/2021 em comparação com os 14 valores alcançados no ano anterior.
De acordo com o Ministério do Educação, os exames realizaram-se em 647 escolas do território nacional e nas escolas no estrangeiro com currículo português, havendo 248.136 inscrições na primeira fase dos exames (menos 9.194 em relação a 2020) e 204.368 provas realizadas (menos 23.594).