O Presidente da República disse, esta quinta-feira, que está “muito esperançado” de que a vacinação em adolescentes entre 16 e 17 anos “seja rápida” para que se chegue “àquilo que ainda não é para agora”: a administração da vacina em crianças entre os 12 e os 15 anos.
“Já acontece na Madeira, e espero que venha a acontecer nos Açores e no Continente”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa, ao ficar em desacordo com as orientações transmitidas ontem pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Note-se que o órgão administrativo do Ministério da Saúde, presidido por Graça Freitas, defendeu que os adolescentes saudáveis estão, por enquanto, excluídos do processo de vacinação.
O desentendimento entre o chefe de Estado e a DGS sobre esta medida começou este fim de semana, quando o Presidente da República, durante a visita ao Brasil, afirmou que a vacinação das crianças estaria aberta “à livre escolha dos pais”, algo que não foi confirmado na recomendação da DGS.
Ainda para assinalar a importância da imunização das crianças, Marcelo recorreu a uma comparação com o uso de máscaras de proteção.
"Todos nos recordamos que, no início, havia dúvidas quanto à utilidade das máscaras. Eu andei a pregar no deserto durante umas semanas ou meses acerca da utilidade das máscaras e, dois meses depois, concluía-se que eram fundamentais. Dois meses antes eram desnecessárias e contraproducentes", apontou o chefe de Estado.
Além do processo de vacinação no país, o Presidente da República também elogiou a decisão tomada pelo Governo “de abrir mais a Economia e a sociedade portuguesa”.
“Os números têm dado razão a essa postura do Governo e espero que a vacinação vá avançando de acordo com as prioridades que estão definidas incluindo, até ao limite possível, a população portuguesa", realçou.
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