Notando que são um grupo “sujeito a um contacto de grande proximidade” e que tal “agrava o risco de contágio”, o CDS-PP questionou ontem o Governo acerca da vacinação contra a covid-19 dos nadadores-salvadores. A pergunta, dirigida a João Gomes Cravinho, ministro da Defesa, frisa que o partido sempre entendeu, “no âmbito da atual crise pandémica, que os nadadores-salvadores são um grupo que está sujeito a um contacto de grande proximidade, o que, só por si, já agrava o risco de contágio”, sendo esse o motivo pelo qual apresentou uma iniciativa “que previa que, entre outras medidas, fossem fornecidos aos nadadores-salvadores os equipamentos de proteção individual necessários, não tendo sido aprovada devido aos votos contra do PS, PCP, PEV e IL”.
Os centristas acusam mesmo o Governo de discriminar os nadadores-salvadores: “Contrariamente aos nadadores-salvadores, quem presta auxílio e salvamento na via pública foi incluído nos grupos prioritários (…). Esta discriminação deixa não só os nadadores-salvadores, como, inclusive, as pessoas socorridas num elevado risco de contágio devido à obrigatoriedade de contacto físico que a génese da própria atividade exige”. Posto isto, os deputados centristas indagam o Executivo sobre o facto de este ter tomado “alguma medida de apoio aos nadadores-salvadores, concretamente o fornecimento de equipamentos de proteção individual”, perguntando ainda o motivo pela “não inclusão dos nadadores-salvadores nos grupos prioritários no âmbito do plano de vacinação, contrariamente ao que aconteceu a quem presta auxílio e salvamento em terra”.
Por fim, o CDS inquire Cravinho sobre a quantidade de nadadores-salvadores que estavam vacinados contra a covid-19 (e em que fase desse processo) no início da época balnear e sobre a quantidade de nadadores que o estão agora (e em que fase).