Portugal estará com “tolerância zero para o uso de fogo” nos próximos dois dias, frisou a Proteção Civil, na conferência de imprensa, esta segunda-feira.
De acordo com o adjunto de operações nacional da Proteção Civil, os próximos dias serão de muito calor, que promoverá num “cocktail meteorológico que em nada favorece as forças de combate que estão no terreno”.
Pedro Nunes quis passar uma mensagem, segundo o responsável um aviso claro e importante, a todos que, até quinta-feira, os trabalhos, em terreno rural ou florestal, que sejam efetuados por maquinaria, não devem ser realizados.
"O nosso apelo é que não o façam", pediu, ao indicar trabalhos com as máquinas, como tratores, alfaias, rebarbadoras ou motosserras, uma vez que estes instrumentos “podem começar uma ignição cujo resultado não sabemos qual vai ser”, explicou o adjunto da Proteção Civil.
Portugal está sob “elevado estado de alerta para amarelo e laranja”, o que levou ao reforço de um conjunto de meios e várias entidades, em todo o interior do território continental, desde Bragança a Faro, de forma a providenciar “músculo e força ao dispositivo de combate que já faz parte do território”.
Para Pedro Nunes, o pré-posicionamento dos meios serve para garantir “que haja o reforço imediato, que esteja mais próximo do problema”.
Questionada sobre se esta estratégia tem funcionado, servindo como exemplo os casos dos incêndios em Castro Marim ou Salvaterra de Magos, Pedro Nunes apontou que “a estratégia tem corrido bem” e sem esta, os danos poderiam ter sido piores.
Mais de 80 concelhos dos distritos de Braga, Porto, Viseu, Vila Real, Bragança, Guarda, Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Portalegre e Faro estão sob risco máximo de incêndio. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o risco de incêndio permanecerá elevado em algumas regiões do continente pelo menos até sexta-feira.