O ciclista Telmo Pinão conquistou, na madrugada de quinta-feira, o primeiro diploma para Portugal nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, na prova de 3.000 metros de perseguição individual C2, ao terminar a competição na oitava posição da classificação geral.
No Velódromo de Izu, o atleta português bateu recorde nacional com o tempo de 4.03,192 minutos, ultrapassando a marca anterior fixada nos 4.07,911. "Tirar aqui quatro segundos ao recorde nacional é muito bom, é perfeitamente divinal", afirmou o ciclista, de 41 anos, citado pela agência Lusa, ao revelar que se inscreveu para esta prova "à ultima hora", reconhecendo o resultado como "ótimo", fruto de um trabalho de 12 anos.
Durante a eliminatória, o recorde mundial, que pertencia ao belga Ewoud Vromant, foi batido três vezes, a últimas das quais por este atleta, que acabou por ser desqualificado e também anulada a sua melhor marca. A desqualificação do belga permitiu a subida de Pinão, que se tornou no primeiro ciclista português a competir na variante de pista em Jogos Paralímpicos, na classificação, garantindo assim um diploma olímpico.
"Sinto-me feliz com o que fiz, o diploma é mais um rebuçadinho que me cai no colo assim de repente, mas tudo isto é fruto de um trabalho de anos e, sobretudo, desta época", assinalou Pinão.
Telmo Pinão tornou-se atleta de Alto Rendimento apenas em 2014, sete anos depois de começar o desporto. "É ótimo, sinto que mereço este lugar", afirmou o ciclista, que não tem parte da perna esquerda.
O novo recorde do mundo pertence ao francês Alexandre Laute que marcou 3.31,817, pouco depois de o japonês Shota Kawamoto ter cronometrado 3.36,117.