ASAE apreende 15 obras de arte falsificadas de artistas conceituados em galerias e leiloeiras de Lisboa e do Norte

O valor das pinturas dos artistas Cruzeiro Seixas e Malangatana atinge os vários milhares de euros, conforme os valores de venda e de licitação.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 15 obras de arte falsificadas que eram expostas em galerias e leiloeiras de arte em Lisboa e no Porto e ainda em plataformas eletrónicas de intermediação de compra-e-venda. O valor das pinturas atinge os vários milhares de euros, conforme os valores de venda e de licitação.

Durante 11 meses de investigação, em nove inquéritos-crime, para apurar crimes de usurpação de direitos de autor, aproveitamento de obra contrafeita, burla e falsificação de documentos, na área da comércio de obras de arte, a ASAE detetou e apreendeu ao longo desse período 11 obras do conceituado pintor Cruzeiro Seixas e quatro do pintor Malangatana. 

“Estas obras, cujas perícias as determinaram como falsificadas, eram vendidas nos circuitos como genuínas, tentando imitar as identidades estéticas e técnicas dos artistas e reproduzindo as respetivas assinaturas”, detalha um comunicado da ASAE, divulgado esta quinta-feira.

Nenhuma das obras “transacionada ou colocada em leilão” tinha o certificado de autenticidade. Porém, apenas uma pintura estava acompanhada por um certificado assinado pelo artista, mas o documento não correspondia ao quadro apresentado, revela a ASAE.

Dois indivíduos foram constituídos arguidos, os quais foram sujeitos a Termo de Identidade e Residência, assinala a autoridade.