O ‘1.º Encontro de Mulheres Autarcas Sociais-Democratas’, hoje, na Batalha, é apadrinhado pelo líder do partido, Rui Rio, e pela antiga presidente do partido, Manuela Ferreira Leite.
Segundo a organização, o objetivo é a «troca, partilha e debate de ideias entre as autarcas em exercício e as candidatas a autarcas» nas próximas eleições. No evento marcarão presença as «mulheres Social Democratas que aceitaram estar presentes neste ato eleitoral e suas equipas», sendo que se procura «apoiar e incentivar todas as candidatas» que, realça a organização, são, «infelizmente, ainda poucas».
No programa, além de Rio e Ferreira Leite, constam também intervenções de Francisco Pinto Balsemão (na qualidade de Presidente do Instituto Francisco Sá Carneiro), Suzana Garcia (polémica candidata do PSD à Amadora) e Lina Lopes, deputada do PSD, presidente da Academia de Formação Política para Mulheres Social-Democratas e dinamizadora do evento.
Apesar de o PSD ser o terceiro partido a apresentar mais candidatas como cabeças de lista – ficando atrás do PCP, que apresenta 80, e do PS, que apresenta 44 –, Lina Lopes nota que é ainda «um número muito reduzido». É, por isso, tempo de mudar: «Queremos alterar, porque muitas vezes as mulheres consideram que não são capazes. Queremos que outras mulheres percebam que é possível serem candidatas, que é possível serem presidentes».
Rejeitando a ideia de «guerra entre sexos», Lina Lopes invoca a sua própria experiência: «Muitas vezes, as mulheres, quando notam que uma lista tem outras mulheres, oferecem-se para entrar na listas. Uma mulher, ao ver outra, também quer ajudar. Mulheres trazem mulheres». Não obstante, segundo a deputada do PSD, as candidaturas femininas não têm só efeito nas mulheres: «Havendo candidatas mulheres, os candidatos homens prestam mais atenção na forma como falam e dialogam».
Quanto ao fórum de que é anfitriã, diz que este se trata, no fundo, de «um reforço». A deputada do PSD, que não se «esquece» que «Rio, nas europeias, colocou 51% de mulheres e 49% de homens» nas listas, fala na importância que este encontro terá para se «dar um salto» dentro do PSD. «Queremos dar destaque às mulheres e àquilo que elas vão fazer. Queremos mais mulheres capazes de ser candidatas – trata-se de um grande trabalho para a social-democracia».