A manutenção da atividade da Groundforce foi aprovada por unanimidade dos votos na assembleia de credores realizada na quarta-feira. Os administradores de insolvência terão agora de apresentar um plano de recuperação nos próximos 60 dias. Segundo a lista provisória de credores, a que a Lusa teve acesso, e que poderá ainda sofrer alterações, a dívida total, entre o que é reclamado e o que se encontra na contabilidade, ultrapassa os 154 milhões de euros.
Pedro Pidwell, um dos administradores da insolvência, salientou que a capacidade de ressarcimento dos créditos é muito maior com a recuperação do que com a insolvência. “É o único caminho que protege os credores desta insolvência”, disse.
Já Gonçalo Faria de Carvalho, administrador da Groundforce, lembrou a questão da venda do equipamento à TAP, tendo considerado que a recuperação da empresa depende da possibilidade de utilização desse equipamento.
Recorde-se que os credores reuniram-se para tentar perceber o futuro da empresa: se a recuperação ou a liquidação, sendo que os administradores da insolvência sugeriam a primeira. Na nota a que a Lusa teve acesso lia-se que “só a manutenção da atividade e a preservação do emprego permitirá que não se perca todo o know-how existente e que não se tornem exigíveis as indemnizações por cessação dos contratos de trabalho, o que, de ocorrer, levaria ao incremento dos passivos, em prejuízo da generalidade dos credores”.