Um total de 1.421 agressores por violência doméstica estavam, em agosto, vigiados com pulseira eletrónica. Segundo revela o mais recente relatório da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), divulgado esta quarta-feira, os agressores representam “56,89% do total” de pessoas sujeitas a este sistema de vigilância.
"Em agosto de 2021, a vigilância eletrónica por crime de violência doméstica, com 1.421 casos em execução, representou 56,89% do total, continuando a aumentar o número de medidas em execução face a dezembro de 2020, ou seja, mais 196 casos e um crescimento de 16%", refere o relatório com a estatística mensal das penas e medidas com vigilância eletrónica.
A percentagem de vigilância eletrónica por crime de violência doméstica em relação aos restantes crimes também aumentou: enquanto em 2021 este valor é de 56,89%, em 2020 era de 53,49%.
O relatório acrescenta ainda que a 31 de agosto estavam em execução 2.498 penas e medidas fiscalizadas com recurso à vigilância eletrónica, representando 3.938 pessoas monitorizadas diariamente entre arguidos, condenados e vítimas. Este valor representa um crescimento de 9,08%, quando comparado com os 2.290 casos em execução no período homólogo de 2020.
Os crimes de incêndio florestal e perseguição aumentaram 57,14% e 26,67%, respetivamente, face a 2020. Há agora 11 pessoas vigiadas por pulseira eletrónica devido ao crime de incêndio e 19 por perseguição.
A DGRSP sublinha ainda que recebeu, entre janeiro e agosto, 1.740 solicitações judiciais para execução de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica, menos 0,74% do que as 1.753 recebidas no mesmo período de 2020. Do total, 831 estavam associadas ao crime de violência doméstica.