Dos quatro putativos candidatos à sucessão de António Costa na liderança do PS, e que, aliás, estiveram sentados lado a lado na mesa do último congresso do PS, em Portimão, só três foram convidados para o casamento da filha do secretário-geral socialista e primeiro-ministro: Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes e Fernando Medina. Duarte Cordeiro também marcou presença, mas mais notada – e com evidente significado político, apesar de se tratar de uma cerimónia de caráter privado – foi a ausência do mais bem colocado na corrida à sucessão e ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos. Que não foi convidado.
O facto não deixou de ser notado entre as próprias hostes socialistas, esta semana mais abaladas pelo ataque de António Costa à Galp.
Da esquerda à direita, dos vários setores, todos criticaram as palavras do primeiro-ministro sobre o fecho da refinaria da Galp em Matosinhos. «Era difícil imaginar tanto disparate, tanta asneira, tanta irresponsabilidade, tanta falta de solidariedade como aquela de que a Galp deu provas em Matosinhos» e «a lição» a dar à empresa petrolífera foram as palavras que incendiaram o país.
Rui Rio, por exemplo, acusou António Costa de ser ‘incoerente’, defendendo que estas críticas «contradizem o que [Costa] disse há quatro meses meramente porque há eleições autárquicas».
Voltando aos protocandidatos à sucessão, Pedro Nuno Santos tem andado em campanha por todo o país. Tal como, aliás, Ana Catarina Mendes. Não obstante ser candidata à Assembleia Municipal de Setúbal, a líder parlamentar documenta na sua página de Facebook a sua participação em ações de campanha em vários pontos do país, de Barrancos à Trofa.